Esquadrão Dimensional Force Five Episodio 1 - O Legado

Na cidade de Nety City as empresas mitsubasa dominam o mercado empresarial. Com este cenário montado, Tatsumi Mitsubasa esconde embaixo do prédio sede de suas indústrias uma grande base secreta e com a ajuda de sua fiel escudeira Akemi Hikari ele vai convocar cinco jovens que terão suas vidas mudadas completamente para combater a ameaça que o império das Trevas trará para nosso mundo.

Force Five Primeiro Episódio –  O Legado dos Guardiões

O Universo Dimensional, um espaço que engloba centenas de dimensões umas paralelas as outras, também acomoda a dimensão da Terra. De todas elas, a terra é a única dimensão que não tem o conhecimento de pertencer a este espaço que é o Universo Dimensional. Os terráqueos, como eram conhecidos pelos seres dimensionais, não fazem idéia da existência de outras dimensões, e seguem suas vidas rotineiras, vão ao trabalho, levam os filhos a escola, fazem compras em supermercados e super lotam suas avenidas e estradas com seus veículos durante todo este processo.

A terra, a Dimensão da Terra, segue seu fluxo de existência enquanto que, em outra dimensão, a Dimensão das Trevas, se inicia um acontecimento que trará perigo para todos os que vivem aqui.

DIMENSÃO DAS TREVAS

Era um lugar monstruoso. O vento soprava incessantemente mesmo durante as mais altas temperaturas. Durante o dia, o calor era insuportável, e a noite o frio era o inimigo daqueles que ali viviam. O solo era constituído de pequenas pedras pontiagudas que retalhavam os pés de quem se atrevesse a pisar ali, e os monstros que ali habitavam tinham fome insaciável, lutavam uns contra os outros e devoravam seus oponentes derrotados. Seres estranhos com aparência grotesca nasciam daquele solo durante todo o tempo, seres estes que vagavam por todo o local sem rumo, como zumbis, como mortos vivos, esses seres eram chamados de Espectros. 

É aqui neste lugar, que seria considerado por um terráqueo comum pior até mesmo que o próprio inferno, que uma gigantesca fortaleza foi erguida pelas mãos de um de seus habitantes. Está, a Fortaleza Negra, nos últimos 100 anos foi o local onde alguns seres viveram aguardando o dia de hoje, o dia em que finalmente o selo que os mantinham presos a Dimensão das Trevas, deixaria de cumprir sua função, libertando-os para outras dimensões.

No céu, bastante nebuloso e escuro acima da fortaleza, relâmpagos e trovões davam segundos de claridade a uma das pequenas janelas da grande Fortaleza Negra, revelando uma das figuras que a cem anos vinha vivendo ali, figura esta, temida pelos que nasciam daquele solo fétido. A cem anos atrás ele quis o poder e a glória que o controle total do Universo Dimensional lhe daria, porém, pagou caro por isso. Foi aprisionado aqui, nesta dimensão fria, onde nem mesmo com a morte se é possível descansar em paz, e ao cair aqui, a cem anos atrás, ele jurou vingança contra aquele que provocou todo o seu sofrimento, e hoje é o dia em que ele,Destrus, atualmente, o ser Dimensional mais poderoso, finalmente conseguirá abrir a porta de sua prisão.


Destrus na janela da Fortaleza: Anos de dor, anos de sofrimento, o frio, o desespero, tudo por um dia, tudo pelo dia em que finalmente com minha fortaleza construída, poderei comandar minha vingança contra o guardião que me condenou a esta sentença maldita.

Ele sai da janela e caminha por um escuro corredor, iluminado de segundos em segundos, graças a luz resultante dos relâmpagos.

Destrus: Eu busquei a glória de ser o rei de todo o universo dimensional, e quase consegui. Dimensões caíram aos meus pés, meus guerreiros renderam dimensões inteiras e todas foram entregues pra mim, mas numa última luta, aquele guardião maldito me trancafiou aqui!

Ele adentra uma sala, ao fundo dela, encostado à parede, um trono que o mesmo construiu com as próprias mãos. Ele se senta em seu trono.


Destrus, com uma aparência que se assemelha a aparência humana, tinha cabelos negros dos quais, uma mecha caia pelo seu olho esquerdo. Seus olhos eram vermelhos como chamas, ele era forte, seu sobretudo preto cobria todo seu corpo deixando a mostra apenas sua cabeça. Sua pele tinha uma cor pálida e o ódio exalava de seus olhos vermelhos.

Destrus: O grande momento chegou. Metarabolt, Lizandra, apareçam!!


Destrus ergue suas mãos para cima e neste momento um grande relâmpago seguido de um enorme estrondo cai do lado de fora da Fortaleza. Essa explosão, através das janelas próximas ao teto, ilumina momentâneamente a sala mostrando duas figuras nas sombras. Os dois dão alguns passos a frente se revelando a seu imperador.



Destrus:  Metarabolt, Lizandra, fico feliz em saber que vocês também sobreviveram estes anos todos neste inferno.


Os dois começam a dar passos em direção ao trono onde Destrus estava sentado.


Lizandra: Hum, este lugar é horrível, tive que passar meu tempo matando aqueles monstros nojentos lá fora, e aqueles Espectros. São asquerosos.


Metarabolt: Digamos que tenha sido compensador nossa estadia aqui, mas aceitamos o seu convite para sairmos definitivamente.


Destrus: hahahahaha hahahahahahahahaha!!!!!


Lizandra: O que é tão engraçado?


Destrus: E quem foi que falou em sair definitivamente? Este lugar que tanto desprezamos, será nosso quartel general, e aqui na dimensão das Trevas temos tudo que precisamos, os monstros, os Espectros lá fora, todo um exército para uma investida contra a única dimensão que ainda vive depois da guerra de cem anos atrás que culminou com a destruição de todas as outras. A terra!

Metarabolt: Desculpe senhor, mas eu não entendi.

Destrus: É muito simples Metarabolt. Agora que estamos livres podemos viajar pelo vortex dimensional para qualquer dimensão que quisermos e daqui das Trevas, onde Victor jamais nos encontrará, podemos comandar nossos ataques com tranquilidade, sair e voltar sempre que quisermos.

Lizandra: Entendo!


Destrus: Através dos nossos poderes, temos a capacidade de vagar pelas dimensões, mas agora só a terra me interessa.

Metarabolt: Parece excitante, porém só está se esquecendo de uma coisa. Victor! Provavelmente ele está lá esperando por nós, uma vez que todas as outras dimensões e seus respectivos habitantes foram dizimados na guerra de cem anos atrás, só resta a terra de pé. Ele irá protegê-la.

Destrus se levanta de seu trono e se aproxima de Metarabolt olhando-lhe nos olhos.

Destrus: Eu garanto a você que ninguém entrará em nosso caminho, e mesmo que Victor esteja na Terra, ele é um único guardião, não pode com nós três e nem com nosso exercito. E então, o que vocês me dizem? Estão comigo nesta vingança ou ficarão condenados nesta dimensão para sempre.

Lizandra: Eu estou com você. A dimensão da terra será nossa?

Metarabolt: A dimensão da Terra é por direito nossa. Somos seres superiores, todos os terráqueos devem se curvar diante de nós.

Destrus: Ótimo. Em poucas horas o selo imposto pelo Guardião que nos trancafiou aqui deixará de funcionar, e poderemos invadir a Terra, com toda a força que temos.

Os Olhos de Destrus brilham em um vermelho intenso ao proferir suas últimas palavras.


DIMENSÃO DA TERRA -JAPÃO-CIDADE DE NET CITY

À precisamente 10 anos, o Japão fundou mais uma cidade com o intuito de ter ali as mais poderosas empresas multinacionais do país. Seria como uma cidade empresarial. Com a oportunidade de emprego, muitas pessoas migraram de várias partes do país para cá, e é aqui nesta cidade que encontraremos, em seu centro, um enorme prédio onde funciona a sede de uma das maiores empresas do Japão, as EMPRESAS MITSUBASA. 


Seguindo pelo ramo alimentício por anos, ela tem fábricas espalhadas por diversas partes do mundo e emprega grande parte da população dessas áreas, e ainda é responsável pela maior parte da economia que gira em torno da cidade de Net City. O líder magnata deste império é conhecido por todos como Senhor TATSUMI MITSUBASA.


Uma limusine para na frente do prédio, a porta se abre, um homem vestido de terno preto sem gravata, sapatos de couro legítimo e aparentando ter uns 50 anos, com os cabelos negros, um olhar sério e um queixo um pouco cavado, desce do carro. Ele caminha pelo local até chegar a porta do prédio onde o porteiro o cumprimenta.


Porteiro do prédio: Bom dia Senhor Mitsubasa!


Ele retribui o bom dia com o olhar e adentra a grande torre de concreto passando pela recepção. 


Recepcionista:  Bom dia Senhor Mitsubasa!


Mais uma vez retribuindo o bom dia ele continua seu caminho em direção ao elevador. Dentro do elevador ele aperta o botão referente ao quadragésimo andar


O elevador sobe os 40 andares do prédio indo para o último andar onde era instalado seu escritório. Descendo do elevador ele passa caminhando pela sala onde fica sua secretária.


Secretária:  Bom dia Senhor Mitsubasa! Akemi Hikari já está em sua sala e o aguarda.

Mitsubasa:  Obrigado!

Ele adentra sua sala, era um enorme escritório, havia estantes com livros dando voltas nas paredes, um sofá de três lugares e logo mais a frente do sofá se localizava sua mesa onde sua poltrona ficava de costas para a janela que lhe proporcionava uma vista de quase toda a cidade. O sol do dia entrava iluminando ainda mais a mesa do grande Empresário.


Sentada no sofá estava a Drª Akemi Hikari, para os simples trabalhadores dali, braço direito do Senhor Mitsubasa, para ele, peça de extrema importância em seus verdadeiros planos. 


No momento em que ele abre a porta ela se levanta.


Hikari possuía cabelos curtos com pontas repicadas que caiam pela testa, uma pele branca sem marcas e curvas nas maçãs de seu rosto bem delineadas. Vestia uma camiseta feminina social e uma saia de cor cinza que ia até a altura dos joelhos, usava também um sapato de salto preto e meia calça cor da pele. 


Hikari com um sorriso:   Senhor Mitsubasa, um bom dia.

Mitsubasa:  Esqueça estas formalidades quando estivermos sozinhos Hikari.


Hikari:  Sim Senhor, é que ainda não me acostumei com tudo isso.


Mitsubasa:  E então, encontrou todos?


Ele passa por ela atravessando sua sala e senta-se em sua poltrona colocando sua pasta em cima da mesa.


Hikari:  Sim senhor, já estou com a ficha dos cinco aqui.


Ela volta ao sofá e retira de sua bolsa cinco envelopes com os nomes de desconhecidos, caminha de volta para perto da mesa e os entrega nas mãos de Mitsubasa.


Mitsubasa:  Hum, vamos ver.


Ele abre os envelopes e olha os documentos que estavam em seu interior um a um com muita atenção.


Mitsubasa:  Sim, são eles sem dúvida, vou precisar de um favor seu.

Hikari:  Pode falar!


Ele separa um envelope dos cinco e entrega quatro nas mãos de sua colaboradora.


Mitsubasa:  Encontre estes quatro pra mim.


Ele balança o outro envelope em suas mãos.


Mitsubasa:  Este aqui eu mesmo pretendo encontrar.

Hikari:  Quando encontrá-los o que faço?


Mitsubasa:  Traga-os até aqui, eu mesmo falarei com os 5, juntos.

Hikari:  Sim senhor, farei isso.

Ela se afasta da mesa e vai ao sofá, pega sua bolsa colocando os envelopes dentro e segue em direção a porta, abre, e sai.

Mitsubasa olhando para o envelope: Ora, ora, ora, vejam só como são as coisas. Você me deu muito trabalho e agora, vou precisar de você.


Ele pega o telefone em cima de sua mesa e ordena a sua secretária.

Mitsubasa: Prepare o carro por favor, eu vou sair. 


ALGUM LUGAR NAS RUAS DA CIDADE DE NET CITY


Atravessando uma das movimentadas ruas da cidade um jovem usando roupa preta e um capuz corre desesperadamente, atrás dele dois outros jovens o seguem na intenção de alcançá-lo. 


Hioity Kuroda é um dos dois policiais à paisana que correm atrás do bandido que acabara de tentar roubar um estabelecimento comercial minutos atrás. Com ele seu parceiro Kenichi Akashi.


Os dois de armas em punho gritam para que o homem pare de correr e se entregue, porém em vão. Hioity usava uma calça e camisa social e um terno preto por cima da camisa sem gravata. Kenichi, seu parceiro usava uma jaqueta azul e calça jeans preta com um tênis. Os dois investiam cada vez mais na corrida contra o assaltante até que este entra em um beco sem saída. O muro era alto impedindo o gatuno de escapar por mais que tentasse. Ao encurralá-lo, Hioity e Kenichi apontam suas armas para o bandido que saca uma faca.


Hioity: Larga essa faca, ou vamos atirar em você!


Assaltante: Não vão me levar pra cadeia, não vou ser preso!!


Kenishi: Deixa eu atirar de uma vez e acabar logo com isso.


Hioity: Não, espere!


Hioity então da um passo na direção do assaltante ao mesmo tempo em que coloca a arma no chão e levanta os braços mostrando que não estava mais armado. Aos poucos ele vai se aproximando do homem que está com a faca na mão.


Hioity: Você não precisa fazer isso, podemos resolver. Abaixe a faca?


Assaltante: Nunca!!


O homem avança contra o policial dando um golpe com sua lâmina, Hioity desvia, agarra o braço do Homem e com uma cotovelada ele o desarma, em seguida empurra o homem para trás e lhe desfere uma voadora. O assaltante cai em cima de algumas latas de lixo que havia ali e desmaia.


Ken se aproximando de Hioity: Essa sua mania de querer salvar todo mundo, um dia vai acabar te matando.


Hioity: Ele é um ser humano Ken. Chama o apoio pra levar esse cara pra prisão. Nós acabamos aqui.


Tempos depois algumas viaturas com suas sirenes coloridas cercavam o local. Dois policiais carregavam o homem algemado que passava de cabeça baixa pela população que parou ali para ver o que acontecia. Do meio dos curiosos, uma moça se aproxima de Hioity que se preparava para deixar o local.


Hikari: Por favor! Você é Hioity Kuroda?


Hioity se virando: Sim! Sou eu sim. Posso te ajudar em alguma coisa?


Hikari: Claro. Preciso que venha comigo. Tatsumi Mitsubasa o convoca para uma reunião urgente.


Hioity: Como? Mitsubasa!?


ÁREA DE ESPORTES EM ESPAÇO ABERTO

Aquele local era palco dos mais diversos campeonatos esportivos da cidade, quando não havia campeonato, o local era usado como área de treinamento, logo próximo ao lago, uma árvore recebe o golpe de uma flecha, a alguns metros de distância, Reiko Takahashi trajando um shorts branco e uma blusa de alça e tênis branco, com seus cabelos soltos a altura dos ombros e olhos expressivos, se preparava para atirar a segunda flecha.

Ela mira e atira. 

Sua segunda flecha atinge a primeira cortando-a  ao meio e fincando-se na árvore.

Reiko: Mais um mês e estarei pronta para o próximo campeonato de tiro com Arco.

De repente uma pessoa interrompe seu treino.

Hikari se aproximando:  Eu acho que você não precisa de mais um mês, está ótima!

Reiko:  Desculpe mas...eu não conheço você.

Hikari sorri e se apresenta a garota.

Hikari:  Meu nome é Akemi Hikari, trabalho nas empresas Mitsubasa, mais precisamente em sua sede aqui em Net City.

Reiko:  Eu sou Reiko Takahashi! Eu estava treinando um pouco, vou competir no próximo torneio.

Enquanto fala, Reiko recolhe seu equipamento e começa a guardá-lo.

Hikari:  Reiko, O Senhor Mitsubasa quer ter uma conversa com você.

Reiko:  Nossa, sério? Mas da onde ele me conhece?

Hikari:  Os torneios que você venceu são o bastante pra muita gente te conhecer, não acha?

Reiko:  Sim, mas... Será que ele quer me patrocinar ou coisa parecida?

Hikari:  Preciso que me acompanhe por favor.

Ela joga sua bolsa nas costas e as duas caminham conversando em direção a limusine preta que as esperavam na entrada do local.

BECO DA MORTE

Até nos lugares mais sofisticados o submundo tem seu alojamento, seja ele na parte iluminada e rica ou na parte podre e suja. O Beco da morte recebe por dia a visita de vários criminosos e apostadores, entre outros participantes de crimes ou qualquer outro procedimento ilegal. Tem esse nome por que nem sempre quem entra, sai vivo. No fim do beco uma porta dá acesso a um salão abandonado onde acontecem lutas de rua, apostadores de diversas partes da cidade e do japão aparecem por  aqui para gastar seu dinheiro, e os lutadores vêm aqui pela fama que adquirem quando não morrem no ringue.

Ali, naquele local, com uma iluminação um pouco mais fraca e com todas as luzes concentradas no ringue, gritos ecoavam. Muita gente reunida com dinheiro nas mãos e os olhos bem vidrados na luta que acontecia.

Um homem: Vai, acaba com ele!

Outro:  Mata, mata, mata!!!

No ringue, dois lutadores se enfrentando, golpes eram desferidos de forma monstruosa, um soco, um chute, e os dois lutadores se agarram e rolam pelo chão, um dos lutadores é jogado para trás pelo outro batendo as costas no chão, o outro da um “pulo do gato” e se levanta, este que se levantou é MAIQUE SABURO. 

Maique era forte, tinha olhos pretos mas seus cabelos eram castanhos e repicados nas pontas que desciam pela testa, com o supercílio já sangrando e muito suor escorrendo pelo rosto, ele continuava a se levantar na tentativa de vencer seu oponente.

Maique: Anda cara! Cai dentro, vai amarelar agora?

O outro lutador se levanta.

Lutador: Eu vou te matar!!

Ele corre com tudo para cima de Maique que fica parado, quando o lutador se aproxima mais do que deveria, Maique salta para cima e girando o corpo, desfere um poderoso chute atingindo o rosto do lutador, que gira três vezes no ar e cai violentamente. Maique pousa de volta no chão.

Maique cambaleando: Puts, até que enfim!! Ô luta demorada!

Os gritos eram ensurdecedores. A sentença para quem perdesse ali era a morte. Todos em um coral diabólico gritavam - MATA, MATA, MATA, MATA

Maique então se aproxima do lutador caído agarra seu pescoço e prepara sua mão para desferir o golpe final, mas neste momento ele trava.

Maique: Cara, hoje é seu dia de sorte.

Ele solta o lutador no chão que desmaia, e sem se importar com os gritos da platéia inconformada, ele pega seu dinheiro das mãos de um homem ao lado do ringue e vai em direção a saída, logo outra luta começa dando lugar a que ele venceu. De repente uma mulher sai da multidão.

Hikari: Ei! Ei... Maique... Maique Saburo!?

Ele continua andando sem dar atenção. Ela o segue.

Hikari: Eu posso falar com você?

Maique: Não, to um pouquinho ocupado!

Hikari: É importante!

Ele para e se vira para ela.

Maique: Se você for mais uma daquelas repórteres chatas eu já aviso que....

Hikari o interrompe: Meu nome é Akemi Hikari, não sou repórter, trabalho para o Senhor Tatsumi Mitsubasa.

Maique : Mitsubasa? O todo poderoso? O que ele quer comigo?

Hikari: Preciso que me acompanhe, lá ele lhe explicará tudo. 

Maique: De jeito nenhum, tenho mais o que fazer! Além do mais, não costumo falar com gente cheia da grana. Elas são as mais perigosas.

Ele se vira de novo e começa a andar em direção a saída novamente, ela o segue até a porta de saída, quando ele à abre, sente um forte choque e cai inconsciente no chão .

Hikari com uma arma de choque em mãos:  Bom, eu não tenho muito tempo, se você não vem por bem, vem por mal.

ESTAÇÃO DE METRÔ


Uma garota corria incansavelmente, cabelo castanho claro e liso, olhos também castanhos, camisa regata e uma calça preta, estava em grande velocidade. Dois policiais portando suas armas a perseguiam por todo o bairro até o metrô. Correndo, ela dá um salto por cima das catracas da estação, alcança a escada rolante e a desce rapidamente.


Os policiais alcançam a escada rolante: PARE AI, PARE SE NÃO VAMOS ATIRAR.


Neste momento um metrô se aproximava rapidamente, se ela esperasse pra tentar entrar no metrô, seria pega com certeza, sua única esperança era alcançar a outra plataforma, subir as escadas e ir pras ruas novamente antes do metrô parar na plataforma, e é isso que ela faz.


Os policiais desciam as escadas tropeçando nas pessoas que estavam no caminho. Ela então toma coragem, corre até a ponta da plataforma e salta para o outro lado. Milésimos de segundos separaram seu corpo da gigante composição de vagões de ferro que para, ficando na frente dos policiais e deixando o caminho livre para ela do outro lado.


Ela sobe as escadarias para fora da estação do metrô, atravessa a rua, entra num beco e da de cara com mais dois policiais que também participavam da perseguição.


Os dois apontam suas armas: PARADA, OU NÓS ATIRAMOS.


Sem dar atenção as palavras dos policiais ela se joga no chão, da uma cambalhota e quando para perto dos dois policiais, passa uma rasteira em um, antes que o outro pudesse pensar em reagir, ela lhe dá um chute no estômago lançando-o contra a parede, ele bate e desmaia. Depois com a bolsa ela atinge o rosto do outro policial caído, que também desmaia.


Ela pega sua bolsa e começa a correr para fora do beco, quando uma limusine preta atravessa seu caminho. A porta de trás da limusine se abre, logo os dois policiais que estavam no metrô aparecem para continuar a perseguição.


Policial: LÁ ESTÁ ELA, VAMOS PEGÁ-LA.


Hikari dentro do carro: Se quiser escapar deles, o momento é agora.


Kumiko: Quem é você?


Hikari: No momento, sua salvação. Sou eu ou aqueles policiais. Você escolhe?


Sem saída, ela se joga dentro da limusine e fecha a porta, mas neste momento deixa cair a bolsa, o carro arranca deixando os policiais comendo a poeira, e no meio do trânsito ele desaparece.


Policial: Ela fugiu.


Outro policial: Pelo menos recuperamos o dinheiro.


Dentro do carro, Kumiko: Não acredito, deixei a bolsa cair.


Hikari: O que tinha naquela bolsa?


Kumiko: Cem mil em notas americanas.


Hikari: A propósito, meu nome é Akemi Hikari, e pelo que sei você está bem encrencada.


Kumiko: A é? Vou descer na próxima esquina.


Hikari: Vou te levar até o Senhor Mitsubasa, ele quer te conhecer.


Kumiko: Senhor Mitsubasa?


Hikari: Bom, nesse momento é a sua melhor opção, afinal sua ficha é escandalosamente grande e além disso, me deve um favor. Acabei de te salvar.


Kumiko: Eu já entendi! Depois de falar com esse Mitsubasa eu dou o fora, ta legal?


Hikari: Nossa, você é bastante objetiva, mas pra mim ta bom assim!!


PENITENCIÁRIA DE SEGURANÇA MÁXIMA DE NET CITY


Uma porta se abre fazendo um barulho irritante. Acompanhado de dois carcereiros e trajando um macacão alaranjado, cabelos pretos curtos e olhos castanhos, pele um pouco abatida pelo tempo de reclusão, ele caminha, algemado e de cabeça baixa junto aos seus condutores. Já estava ali a dois anos, preso, acusado por um crime que não cometeu, apenas estava no lugar errado e na hora errada, isso bastou para sua sentença ser de 10 anos. Tudo que sonhava agora era com sua liberdade, que parecia estar muito distante. 


Eles entram em uma sala, lá, apenas uma mesa com duas cadeiras, uma em cada lado. Os dois carcereiros acomodam o prisioneiro em uma das cadeiras.


Carcereiro: Você tem uma visita Ryu Ogawa!


Ryu debocha do policial:  Hum, uma visita em dois anos. O cara não deve ter o que fazer mesmo.


Os dois carcereiros tiram as algemas de Ryu, abrem a porta e saem deixando-a aberta, e logo em seguida um outro policial traz o visitante. Ryu o encara. A porta se fecha.


Ryu: Ora, ora, Senhor Tatsumi Mitsubasa! Ta fazendo o que aqui?


Mitsubasa caminhando em direção a outra cadeira: É bom saber que você não me esqueceu Ryu.


Mitsubasa se senta, e fica de frente para o prisioneiro, Ryu coloca os braços na mesa aproximando seu rosto do visitante.


Ryu: É muito difícil te esquecer, já que você faz questão de divulgar sua existência em tudo quanto é lugar. E foi você que me colocou aqui dentro seu miserável.


Mitsubasa: Você junto com seus comparsas invadiram uma de minhas fábricas e tentaram roubar minhas mercadorias. Fez por merecer a punição.


Ryu debocha: O que você quer? Sabe como é, eu sou um cara muito ocupado?


Mitsubasa: Você estava lá no galpão quando a polícia chegou, suas impressões foram encontradas em diversas partes da fábrica. Se você se diz inocente o que fazia lá ?


Ryu vira seu rosto e fica calado, mostrando recusa em responder a pergunta.


Mitsubasa: Eu sabia, não vai entregar seus parceiros não é?


Ryu se irrita novamente e se levanta da cadeira chegando mais próximo ainda de Mitsubasa.


Ryu: Vou perguntar de novo. Afinal de contas o que você veio fazer aqui?


Mitsubasa: Acho melhor você se sentar de novo.


Ryu olha nos olhos de Mitsubasa e percebe que ele ignorava seu nervosismo completamente, e se senta novamente.


Mitsubasa: Vou direto ao assunto, quero que trabalhe para mim.


Ryu sorri debochadamente: O que!? Você só pode ta brincando.


E fica sério novamente.


Ryu: A resposta é não!


Mitsubasa o ignora e continua: Estou montando uma equipe para trabalhar numa área, digamos, bem específica.


Ryu repete: A resposta é não? 


Mitsubasa: Você não tem escolha? 


Ryu se levanta novamente jogando a cadeira contra a parede. A cadeira se despedaça com o choque.


Ryu: ESCUTA AQUI!! Não, sei que joguinho você quer fazer, mas eu to vacinado contra seu veneno. Não importa que você me ofereça dinheiro, não vou trabalhar pra você, nem hoje e nem nunca.


Mitsubasa: Estou te dando uma nova chance Ryu.


Ryu: Enfia sua chance …..


Mitsubasa interrompe: Eu lhe devolvo sua liberdade.


Ryu para: O que!?


Mitsubasa: Eu lhe devolvo sua liberdade, retiro a queixa sobre você, limpo sua ficha, vai ser como se você nunca tivesse passado dois anos aqui neste lugar. E acredite, eu posso fazer isso.


Ryu: Por que está me oferecendo isso? Por que de uma hora pra outra fiquei tão importante pra você?


Mitsubasa: Preciso de você para liderar minha nova equipe! Eu quero assim.


Ryu: Seu dinheiro não pode comprar tudo?


Mitsubasa: Isso não se trata de dinheiro. É muito mais importante, preciso que venha comigo.


Mitsubasa se levanta e se aproxima de Ryu.


Mitsubasa: Vou te fazer uma proposta em consideração ao histórico que temos. Trabalhe pra mim durante um ano, e depois, terá sua ficha limpa e uma vida nova, só te peço um ano.


Ryu olha de canto para ele.


Ryu: Vai devolver minha liberdade, e tudo que tenho que fazer é trabalhar pra você durante um ano?


Mitsubasa: Só um ano. Ainda que nada se resolva, no final de um ano, você estará livre para começar de novo. O que me diz?


Ryu: E se eu recusar?


Mitsubasa fica sério de repente: Acredite, vou investir cada centavo que eu tenho pra transformar a sua vida neste lugar num verdadeiro inferno. Você decide. Roupas limpas, cama e banhos de sol mais prolongados la fora, ou mais 8 anos de inferno intensificado.


Ryu: Eu topo, mas é o seguinte. Um ano, apenas um ano. Depois disso eu não te conheço, você não me conhece e nós nunca nos vimos. Você me deixa em paz, nunca mais fala comigo e nunca mais me procura. Entendeu?


Mitsubasa: Então temos um acordo?


Mitsubasa estende sua mão para Ryu que depois de alguns segundos a aperta selando o acordo.


Ryu: Sim, temos um acordo. E só pra constar caso tenha ficado alguma duvida, eu te odeio! 


Tempos depois - Do lado de fora da prisão


Mitsubasa estava do lado de fora da penitenciária em frente ao portão de saída esperando Ryu. O Grande portão de metal pintado de um preto já envelhecido pelo tempo se abre, vestido agora com uma camiseta branca e calça azul e uma jaqueta preta com detalhes cinzas e ainda carregando uma bolsa com seus poucos pertences, ele sai, para, e olha para Mitsubasa e seu super carro, uma Ferrari vermelha estacionada a frente do portão.


Ryu caminha até Mitsubasa que estava encostado no carro, enquanto o portão se fecha em suas costas.


Ryu: É um super carro. Eu posso dirigir?


Mitsubasa: Primeira regra do nosso acordo. Você não toca no meu carro.


Ryu: Hum, ta legal. Vamos acabar logo com isso. Quanto mais cedo começarmos, mais cedo esse ano acaba e mais cedo eu me livro de você.


Ryu faz a volta por trás do carro abrindo a porta do passageiro, joga sua bolsa no banco de trás e entra. Mitsubasa também abre a porta do lado do motorista e entra no carro. A Ferrari vermelha rasga em alta velocidade levantando uma grande cortina de poeira.


PRÉDIO SEDE DAS EMPRESAS MITSUBASA - SALA DE ESPERA - TERRAÇO.

Numa sala localizada no terraço do grande prédio, estavam reunidos os quatro jovens encontrados pela senhorita Akemi Hikari. Ela os deixou ali para que aguardassem a chegada do rico empresário. Todos estavam sentados em poltronas em volta de uma mesa de centro, onde um vaso de flor em cima enfeitava o ambiente. As paredes eram forradas com um papel verde escuro e a porta era totalmente de vidro. Eles estavam se olhando, sem dizer uma palavra até que o silêncio é quebrado. 

Reiko meio tímida: Bom...Acho que...Se vamos ficar aqui não é melhor nos conhecermos?

Kumiko: Tanto faz.

Hioity se levanta: Ela tem razão, vamos nos apresentar, não vamos morrer por causa disso.

Maique o encara.

Hioity: Eu me chamo Hioity Kuroda. Sou policial.

Reiko sorrindo: Você é policial? Que legal!

Kumiko: Não gosto de policiais.

Hioity se vira para ela e os dois se encaram. O clima pesa.

Reiko: Eu me chamo Reiko Takahashi. Sou campeã de tiro com arco e vou disputar o próximo  torneio.

Maique: Torneio é?

Kumiko se levantando: Meu nome é Kumiko Nagashi.

Maique também se levanta: Bom, ta todo mundo se apresentando, então... Meu nome é...

Sua apresentação é interrompida por alguém que passa pela porta.

Ryu: Esse ai dispensa apresentações, ele é o  Maique Saburo.

Maique se vira para o novo visitante: E você é...?

Hioity: Espera ai! Você é Maique Saburo, o campeão de arte militar que foi banido do mundo da luta a dois anos?

Maique: Sentença totalmente injusta diga-se de passagem.

Ryu vai adentrando a sala passando por todos ali e se senta em uma das poltronas.

Ryu: Não era isso que os jornais diziam há dois anos.

Os olhos de Maique se incendeiam de raiva com a alfinetada. 

Reiko: E você, qual seu nome?

Ryu responde ao mesmo tempo em que se levanta da poltrona: Ryu Ogawa.

Maique: Ora, ora, Ryu Ogawa, seu nome também foi muito divulgado nos jornais a dois anos quando foi julgado e condenado por invasão seguida de roubo, resistência a prisão, formação de quadrilha, me avise quando eu puder parar.

Ryu vai em direção a Maique: Eu não roubei nada ta legal.

Os dois se encaram olho no olho.

Hioity olhando para Kumiko: Espera! Pensando bem você também me é familiar.

Kumiko: Tenho um rosto comum.

Reiko: Vocês sabem o que fazemos aqui?

Maique: Eu estou aqui contra a minha vontade, fui trazido a força.

Ryu:  Você pode ir embora. Aliás, são com vocês que eu vou trabalhar ?

Kumiko: Algum problema com isso, presidiário?

Ryu se volta para  Kumiko: Olha! A ladrazinha é valente.

Kumiko: Você nem imagina.

Hioity se virando para Kumiko: Acabo de me lembrar de você, está na lista dos mais procurados por todo o estado.

Ryu olha para Hioity e ri debochadamente: Nossa!! Policial esperto. Sério que você não tinha reconhecido ela?

Hioity tira Kumiko da frente e se aproxima de Ryu com um olhar de quem está pronto pra começar uma briga.

Hioity: Escuta! Quer voltar pra cadeia? Posso te colocar lá de volta antes que você pisque.

Kumiko cruza os braços e debocha: Como vocês são estúpidos?

Ryu e Hioity continuam se encarando.

Ryu: Não esquenta não. Acabei de sair de la. Não vou voltar pra lá só por bater em você.

Hioity: E quem falou que você pode comigo?

Ryu: Acha que eu não te derrubo policialzinho de araque?

Reiko: Gente! Que tal mantermos a calma?

Nesse momento, Hikari entra na sala interrompendo a baderna.

Hikari: Que bom que já se conheceram crianças.

Todos os cinco param com a discusão.

Ryu: Essa daí é quem?

Reiko: É a senhorita Akemi Hikari, foi ela quem nos trouxe aqui.

Maique corre pra perto dela: Ei sua maluca, você me eletrocutou com aquele arma de choque.

Hikari: Quer que eu o derrube de novo .

Hioity: Deixou uma mulher te derrubar?

Maique: Isso não é da sua conta.

Kumiko: Cadê o grande homem? Quero dar o fora logo.

Hioity: Daqui você vai pra cadeia.

Kumiko: É você que vai me prender?

Hioity: Pode apostar.

Kumiko: Você e que exército?

Hikari: Já chega!!

Todos param novamente e ficam olhando para ela.

Hikari: Bom, agora que vocês já terminaram de trocar elogios, vamos ao que interessa. O verdadeiro motivo da vinda de vocês aqui hoje.

Ryu: Exatamente, do que se trata essa equipe? Por que tive que ficar aqui esperando enquanto Mitsubasa desaparece?

Hikari: Todas as perguntas serão respondidas. Me sigam

Maique: Nós vamos subir até a sala dele?

Hikari sorri de canto de boca: Não, nós vamos descer.

Reiko: Mas... nós estamos no térreo. Vai nos levar pra onde? Pro estacionamento?

Hikari: Me acompanhem.

Hikari passa por todos e vai até o fundo da sala de espera, encosta sua mão na parede e para surpresa de todos, a parede se abre ao meio dando acesso a um elevador.

Ryu impressionado: Mas o que é isso?

Maique: Pelo que eu me lembre aquele cara no ringue não me bateu tão forte, então, por que uma parede se abriu na minha frente?

Hikari: Entrem por favor.

Os cinco ainda desconfiados e estranhando tudo aquilo, adentram o elevador no interior da parede. Com todos dentro, Hikari aciona o botão, a porta se fecha, a parede volta ao normal e o elevador começa a descer.

Kumiko: Pra onde estamos indo?

Hikari sorri: Não se preocupem, logo tudo será esclarecido.

Hioity: Isso está muito estranho. Por que um elevador secreto num prédio tão grande como esse?

Hikari: Logo suas dúvidas serão esclarecidas, agora procurem relaxar e curtir a descida. Afinal são trezentos metros abaixo do prédio sede

O elevador continua sua descida metros e metros abaixo até parar, a porta se abre novamente, em frente dos jovens um escuro corredor . Quando Hikari dá um passo a frente, as luzes no teto do corredor separadas por uns três metros de distância uma das outras  se acendem uma a uma iluminando o caminho até uma gigantesca porta de metal a frente. 

 Eles começam a descer do elevador e andar vagarosamente pelo corredor. Hikari se aproxima da grande porta a frente.

Reiko: Nossa, nunca tinha visto algo parecido.

Maique: Isso aqui é igual aquelas instalações de filmes de ficção cientifica.

Hioity desconfiado: Como isso está abaixo do prédio de uma das maiores empresas do mundo, e ninguém sabe?

Ryu passando por Hioity: Você se impressiona muito fácil.

Hioity: E você acha tudo isso normal?

Hikari: Aproximem-se, chegou a hora.

Kumiko: Eu to indo embora logo depois de saber o que é tudo isso.

Hikari aciona um botão e se aproxima de um comunicador embutido na parede.

Hikari: Eles estão prontos.

Logo uma voz sai do comunicador: Estou abrindo a porta.

Ryu: Essa voz é…?

A porta de repente começa a se abrir do centro indo uma metade para cada lado, e uma enorme sala totalmente computadorizada com telas enormes em lugar de paredes, e um homem ao centro dela, atrás de uma mesa de formato redondo. Ele era Tatsumi Mitsubasa.

Ryu: Agora sim to impressionado!

Mitsubasa: Sejam todos bem vindos a Central Base.

Hikari entra na sala e fica ao lado de Mitsubasa, logo os cinco vão entrando devagar olhando para todo o lado. Espalhando-se pela sala e impressionados pela beleza tecnológica do local eles vão se aproximando da mesa no centro da sala.

Mitsubasa: Eu sei que vocês devem estar surpresos com tudo isso, mas garanto que tudo tem uma explicação.

Ryu: E eu quero uma. O que significa isso tudo?

Hioty: Por que reuniu todos nós aqui hoje, neste lugar? O que tem de tão importante pra falar com a gente?

Reiko ainda olhando em volta: Isso é incrível.

Mitsubasa: Muito bem, eu serei direto.

Todos os cinco ficam um ao lado do outro ouvindo Mitsubasa que começa a se explicar.

Mitsubasa: Vocês estão aqui por que vão formar a equipe que defenderá a Dimensão da Terra de uma ameaça eminente, este lugar foi construído pra que vocês pudessem lutar contra ela.

Maique: Err...O que!?

Mitsubasa: Eu vou contar desde o começo pra que fique fácil de vocês entenderem. Cem anos atrás ouve uma guerra em uma dimensão paralela a Terra, conhecida como Argós. A guerra foi quase vencida pelos rebeldes mas um ultimo guardião ainda vivo os trancafiaram numa outra dimensão conhecida como Dimensão das Trevas, infelizmente eles não vão ficar presos lá pra sempre. Cem anos se passaram e o selo que os mantinham detidos na dimensão das trevas em breve perdera sua capacidade de mantê - los lá e ira se romper, então este mesmo guardião, que os aprisionou, ainda naquela época veio a terra na intenção de preparar armas e equipamentos que pudessem ser usados na luta contra eles novamente, tudo isso para criar uma nova equipe de guardiões dimensionais capazes de detê - los, o ESQUADRÃO DIMENSIONAL FORCE FIVE!

Ryu: Que história maluca é essa?

Kumiko:  Você bateu com a cabeça?

Maique sorri e debocha: Bem dizem que ricassos são excêntricos.

Mitsubasa: Eu não estou brincando, tudo que falo é bem sério.

Ryu: Ta legal! Supondo que a gente compre esse seu papinho barato. Se isso aconteceu a cem anos, e você deve ter o que...uns 50. Como você sabe de tudo isso? 

Maique olha para Ryu: Você  ta dando asas pra esse cara?

Reiko: Ele não parece tá brincando com a gente. Olhem pra tudo isso em volta. Afinal de contas pra que mais existiria um lugar desse aqui em Net City?

Hioity da um passo a frente: Pode responder a pergunta por favor?

Tatsumi: Eu sei de tudo isso, por que o guardião que lutou a cem anos atrás e selou os rebeldes na dimensão das trevas fui eu.

Todos: Você!!!

Hikari: O que ele conta é a mais pura verdade e vamos  provar.

Hikari aciona um botão no computador do centro da sala e uma tela se abre com imagens de um lugar desconhecido.

Hikari: Estas imagens podem parecer mas não são de nenhum país que vocês conheçam ou ja tenham visto, esta imagem é de uma dimensão devastada a anos pelas mãos dos rebeldes.

Tatsumi com as mãos para trás caminha pela sala enquanto explica.

Tatsumi: Os rebeldes foram um dia seres dimensionais que julgavam que só por que tinham poder, deveriam prevalecer em cima dos mais fracos. Os guardiões, na época centenas deles, eram os guerreiros escolhidos para manter a paz no universo dimensional. Essa paz foi ameaçada quando os rebeldes se uniram num ataque que devastou todo o universo dimensional. Os guardiões e os rebeldes entraram em guerra e essa guerra levou a vida de praticamente todos os seres dimensionais. Até chegar a Argós onde encontrou seu fim.

Hikari continua mostrando mais imagens de outras dimensões aos cinco que agora dividiam sua concentração entre as explicações de Tatsumi Mitsubasa e as imagens que apareciam na tela. 

Kumiko: Esses lugares um dia... foram lugares povoados por seres vivos? Quer dizer, seres de outra dimensão?

Tatsumi: Sim. E tudo isso está prestes a acontecer com a dimensão da Terra caso vocês não aceitem a luta.

Ryu: Eu não acredito.

Eles vêem mais imagens, desta vez ossadas de seres mortos pela guerra de cem anos atrás.

Mitsubasa: Os Rebeldes estão livres novamente, e voltaram sua atenção para a única dimensão que ainda continua de pé e alheia a tudo que aconteceu. Eles precisam ser detidos.

Mitsubasa pega um controle remoto e aperta um botão acionando uma porta lateral da sala que dá acesso a um dispositivo de uns dois metros de altura, circular e rente a parede.

Hioity:  O que é isso?

Hikari: Este é o Vortex Dimensional, através da central base ele funciona abrindo portais para diversas dimensões desde que tenhamos as coordenadas corretas para mandar alguém pra lá. Podemos não só mandar vocês para qualquer dimensão do universo dimensional, como também podemos enviar vocês para qualquer lugar da terra através dele.

Maique: Tá dizendo que isso é um portal?

Hikari Sorri: Isso funciona mais como “um corredor” cheio de portas! Os portais de acesso as dimensões ficam dentro dele.

Mitsubasa: Isso mesmo, e vocês serão a equipe de defesa mais poderosa que a Terra já teve, e através desta Central Base poderão enfrentar os Rebeldes como Guardiões Dimensionais.

Ryu: Espera um pouco. Por que nós? Milhões de pessoas no mundo e por que nós?

De repente um alarme ensurdecedor começa a ecoar pela sala inteira 

***PORTAL ABERTO***  ***PORTAL ABERTO***  ***PORTAL ABERTO***

Todos os cinco colocam as mãos nos ouvidos.

Hioity: Que barulho é esse?

Hikari: Não se preocupem, vão se acostumar com isso também.

Ryu: O que está acontecendo?

Mitsubasa: É chegada a hora, este barulho significa que um portal foi aberto de uma dimensão para outra, o que quer dizer que os guerreiros dimensionais atravessaram um portal e vão atacar.

Reiko: Como saberemos em que lugar estão?

Hikari: Muito simples.

Ela parte para o computador da parede a direita da sala e digita alguns códigos e logo, mais uma imagem se abre.

Mitsubasa: Eu estava certo. O selo se quebrou e eles saíram da dimensão das Trevas.

Na imagem os seres até então desconhecidos caminhavam com um verdadeiro exército, dois dos seres dimensionais eram os mais poderosos e caminhavam na frente. O exército havia acabado de atravessar um portal nas montanhas ao redor da cidade e caminhavam rumo a ela.

Ryu: São eles?

Tatsumi: Sim!

Hikari: Toda vez que um desses guerreiros atravessar um portal, seja pra qualquer dimensão, o computador da central base o detecta. 

Maique: Cara,!!Isso não pode tá acontecendo, eu devo tá sonhando.

Mitsubasa: Senhorita Hikari, não há mais tempo, entregue a eles.

Hikari: Sim senhor!

Ela parte para o outro lado da grande sala onde abre um cofre, deste cofre ela tira uma mala, joga em cima da mesa e a abre na frente dos cinco jovens.

Hikari: Estes são seus braceletes de transformação, eles lhes darão acesso aos seus poderes e os transformarão em Guardiões. Ficarão mais rápidos, mais fortes fisicamente, também poderão fazer coisas que em sua forma civil jamais conseguiriam. 

Kumiko: Não sabemos como usar isso, como espera que nos viremos sozinhos lá?

Mitsubasa: Hikari e eu estaremos monitorando a batalha de vocês o tempo inteiro. Não se preocupem quanto a isso. Apenas lutem!

Todos olham fixamente para Mitsubasa ainda atordoados com tanta informação de uma só vez, mas por alguma razão eles sabiam o que deviam fazer naquele momento.

Mitsubasa: Não existem outras pessoas que podem fazer isto, são vocês que devem continuar esse legado. O legado dos guardiões!

Reiko: Ta bem, eu vou.

Hioity: Também quero ajudar, estou dentro.

Maique: Conta comigo.

Kumiko: Não tenho mais nada pra fazer. Vou com vocês

Mitsubasa: E você Ryu? Preciso que lidere a equipe.

Ryu fica meio indeciso mas ao ver os outros olhando para ele e ver na tela o perigo que se aproximava, toma sua decisão.

Ryu: Vamos nessa! O que preciso fazer?

Hikari: Primeiro peguem seus braceletes e depois fiquem na frente do Vortex.

Todos se juntam em volta da mesa e pegam cada, um bracelete e caminham em direção ao Vortex Dimensional, logo o Vortex se abre. Uma imagem líquida que se movia. Seu movimento, cor e luz se assemelha com a superfície do mar.

Hikari: Segundo, tentem ficar juntos sem se matar, entenderam? Quando estiverem lá e ficarem diante do inimigo digam a frase "FORCE DIMENSÃO"! Isso liberará seus poderes.

Maique: Claro, vai ser moleza.

Ryu: Muito bem, então vamos nessa.

Hikari: Com as coordenadas que vou inserir, vocês serão direcionados exatamente para o mesmo local onde eles estão. Tomem cuidado.

Mitsubasa: Conto com vocês.

Os cinco jovens se entreolham e em seguida adentram o Vortex e seus corpos são absorvidos pela superfície aquosa. Hikari insere um código digitado no computador. 

Hikari olhando para Tatsumi: Eles são imaturos, geniosos e não sabem trabalhar em equipe.

Mitsubasa sorri: São perfeitos!


DIMENSÃO DAS TREVAS- FORTALEZA NEGRA

Neste momento, sentado em seu trono no grande salão, Destrus, o líder dos agora intitulados Guerreiros das Trevas, também observa seus subordinados caminhando pela dimensão da terra rumo a cidade de Net City.

Destrus: Agora que o selo deixou de funcionar podemos entrar e sair da dimensão das trevas sem nos preocupar em ficarmos presos aqui novamente. É fantástico. Vamos! Metarabolt , Lizandra, Espectros, caminhem sobre o solo da Terra e destruam tudo que encontrarem pela frente, HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!!!!!!!!!!


Finalmente os cinco guerreiros são reunidos, para enfrentarem os Guerreiros das Trevas. Destrus, agora livre da prisão que era a Dimensão das Trevas,quer vingança e ameaça a Dimensão da Terra, será que os novos Guardiões conseguirão defendê-la?

CONTINUA….>




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